O chip da beleza é um implante hormonal que contém gestrinona, utilizado principalmente para tratar a endometriose, mas também para fins estéticos. Embora possa ajudar na perda de gordura e aliviar sintomas da TPM, não é aprovado pela Anvisa e carece de comprovação científica. Os efeitos colaterais incluem aumento de pelos, queda de cabelo, acne e riscos mais sérios, como alterações cardíacas, tornando essencial a supervisão médica durante seu uso.
O chip da beleza é um implante hormonal que gera muita polêmica.
Com funções que vão além do tratamento da endometriose, ele promete uma série de efeitos estéticos, mas sua utilização não é recomendada por especialistas.
Neste artigo, vamos explorar como funciona, seus possíveis efeitos colaterais e as razões pelas quais a Anvisa o proibiu.
Possíveis Efeitos Colaterais
Os possíveis efeitos colaterais do chip da beleza são variados e podem afetar a saúde de forma significativa, especialmente quando seu uso não é indicado. Aqui estão alguns dos principais efeitos colaterais que podem ocorrer:
- Aumento de pelos no corpo e rosto: O uso do implante pode provocar hirsutismo, que é o crescimento excessivo de pelos em mulheres.
- Queda de cabelo: Algumas mulheres relatam perda de fios, o que pode ser bastante preocupante.
- Aumento da acne: Devido à maior oleosidade da pele, há um aumento na incidência de acne e oleosidade.
- Aumento dos níveis de colesterol: O chip pode influenciar negativamente nos níveis de colesterol, elevando o risco de doenças cardiovasculares.
- Sangramentos fora do período menstrual: As usuárias podem apresentar sangramentos inesperados, o que é um sinal de desregulação hormonal.
- Inchaço: Muitas mulheres experimentam retenção de líquidos, levando a um inchaço desconfortável.
- Aumento do clitóris: Essa alteração pode causar desconforto físico e psicológico.
- Alteração da voz: Isso pode ocorrer devido ao efeito dos hormônios androgênicos liberados.
- Alteração na fertilidade: O uso prolongado pode afetar a ovulação, tornando mais difícil engravidar.
- Alterações cardíacas e hepáticas: Em alguns casos, o uso do chip pode levar a complicações graves no coração e no fígado.
Esses efeitos colaterais são mais frequentes quando o chip é usado sem a devida indicação médica. É fundamental que as mulheres estejam cientes dos riscos associados ao uso do chip da beleza, pois os hormonais liberados podem desequilibrar a saúde geral e trazer complicações adicionais.
Além disso, o uso do chip apenas para fins estéticos deve ser tratado com extrema cautela, pois pode gerar consequências indesejadas como resistência à insulina e dificuldade para emagrecer após um ano de uso.
Como Funciona o Chip da Beleza
O chip da beleza é um implante hormonal feito de silicone, que possui cerca de 3 cm de comprimento. Ele é inserido sob a pele do abdômen ou do glúteo, geralmente após a aplicação de uma anestesia local.
Esse dispositivo contém a substância gestrinona, juntamente com outros hormônios esteroides. O funcionamento do chip baseia-se na liberação contínua e gradual desses hormônios na corrente sanguínea. A cada dia, uma quantidade constante de hormônio é disponibilizada, visando a estabilização dos níveis hormonais no organismo.
O chip é projetado para aliviar os sintomas da endometriose, promovendo a interrupção do ciclo menstrual, mas também é utilizado de forma não aprovada para fins estéticos. A ideia é que a gestrinona possa ajudar na perda de gordura, no ganho de massa muscular e na melhora de sintomas relacionados à TPM e à menopausa, além de potencialmente aumentar a libido.
No entanto, vale ressaltar que não existe respaldo científico que comprove a eficácia do chip da beleza para essas finalidades estéticas, e seu uso é fortemente desencorajado por órgãos competentes como a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia. A falta de estudos que garantam a segurança e a eficácia do implante causa preocupação entre profissionais da saúde.
Por conta disso, é vital que qualquer decisão sobre o uso deste dispositivo seja feita com cautela e sempre sob a supervisão de um médico qualificado.
Conclusão
O chip da beleza gera muitas expectativas, especialmente para aquelas que buscam soluções rápidas para problemas como ganho de massa muscular e controle hormonal.
Porém, é fundamental lembrar que o seu uso não é autorizado pela Anvisa e não é respaldado por evidências científicas confiáveis.
Os riscos associados aos efeitos colaterais são consideráveis e variam de problemas estéticos como acne e hirsutismo até complicações sérias, como alterações cardíacas.
Portanto, qualquer consideração sobre o uso deste implante deve ser baseada em uma avaliação médica rigorosa e em um entendimento claro dos potenciais riscos à saúde.
Assim, a busca por métodos de aperfeiçoamento pessoal deve ser orientada por critérios de segurança e eficácia, priorizando sempre a saúde em primeiro lugar.
Consulte sempre um especialista antes de tomar qualquer decisão relacionada ao seu bem-estar.
FAQ – Perguntas Frequentes sobre o Chip da Beleza
O que é o chip da beleza?
O chip da beleza é um implante hormonal que contém a substância gestrinona, utilizado para tratar a endometriose, mas também tem fins estéticos.
Quais são os efeitos colaterais do chip da beleza?
Os efeitos colaterais podem incluir aumento de pelos, queda de cabelo, acne, alterações no colesterol, entre outros.
O chip da beleza é aprovado pela Anvisa?
Não, o uso do chip da beleza não é autorizado pela Anvisa e não possui comprovação de segurança ou eficácia.
Para quem o chip da beleza não é indicado?
Não é indicado para pessoas com doenças cardíacas, diabetes, colesterol alto, obesidade ou alterações renais e hepáticas.
Como o chip da beleza funciona?
Ele é um implante que libera hormônios na corrente sanguínea, visando estabilizar os níveis hormonais e aliviar sintomas como os da TPM.
Qual é a recomendação para quem considera usar o chip da beleza?
É crucial consultar um médico especializado antes de decidir usar o chip da beleza, devido aos riscos associados e falta de evidências sobre sua eficácia.